ARTÍCULOS ORIGINALES
ISSN 2389-8186
E-ISSN 2389-8194
Vol. 8, No. 2
Julio-diciembre de 2021
doi: https://doi.org/10.16967/23898186.716
pp. 38-47
rpe.ceipa.edu.co
* Doutorando em Gestao de Projectos e Gestao estrategica Empresarial. Instituto Superior de Ciência e Educação à Distância —ISCED—,
Beira, Moçambique. E-mail: adarmindo@isced.ac.mz. ORCID: 0000-0001-8300-715X. Google Scholar: https://scholar.google.cl/
citations?user=rwUmStIAAAAJ&hl=es.
Gestão de projectos nas pequenas e
médias empresas em Moçambique
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO*
ISSN 2389-8186
E-ISSN 2389-8194
Vol. 8, No. 2
Julio-diciembre de 2021
doi: https://doi.org/10.16967/23898186.716
COMO CITAR ESTE ARTÍCULO
How to cite this article:
Falso, A. (2021). Gestão de
projectos nas pequenas e médias
empresas em Moçambique.
Revista Perspectiva Empresarial,
8(2), 38-47.
Recibido: 11 de junio de 2021
Aceptado: 08 de octubre de 2021
RESUMO A relevância social e económica das pequenas e médias empresas para
Moçambique e para outros quadrantes do mundo são notáveis. As investigações realizadas
indicam que muitas empresas foram abertas e encerradas nos últimos 5 cincos anos, sendo
fundamentais a fase inicial da atividade e os momentos de crise político-econômica.
Objetivo. O presente artigo tem como foco a gestão empresarial e a gestão de projecto para
garantir a sua continuidade no mercado. Metodologia. A pesquisa é do tipo exploratória.
Abordagem usada foi mista (qualitativa e quantitativa) para determinar a amostra. E as
técnicas de recolha de dados foram: a observação; a entrevista; análise documental; pesquisa
bibliográca e o questionário. Resultados. Este trabalho traz como resultados um novo
modelo de administração nas pequenas e médias empresas moçambicanas. Os resultados
obtidos contribuem com suporte teórico e prático para lideranças das pequenas e médias
empresas moçambicanas e linhas de continuidade em estudos posteriores neste campo e
em outras áreas. Conclusões. O trabalho conclui que as pequenas e médias empresas não
implementação a gestão de projectos na sua administração, por isso, não sendo competitivas
no mercado nacional e internacional.
PALAVRAS CHAVE gestão de projectos, pequenas e médias empresas, gestão empresarial.
Gestión de proyectos en pequeñas y medianas empresas de Mozambique
RESUMEN La relevancia social y económica de las pequeñas y medianas empresas para
Mozambique y para otras partes del mundo es notable. Las investigaciones realizadas indican
que muchas empresas se abrieron y cerraron en los últimos cinco años, siendo fundamental
la fase inicial de la actividad y los momentos de crisis político-económica. Objetivo. Analizar
la gestión empresarial y la gestión de proyectos para asegurar su continuidad en el mercado.
Metodología. La investigación es exploratoria. El enfoque utilizado fue mixto (cualitativo
y cuantitativo) para determinar la muestra. Y las técnicas de recolección de datos fueron:
observación; entrevista; análisis de documentos; investigación bibliográca y el cuestionario.
Resultados. Este trabajo trae como resultado un nuevo modelo de administración en las
pequeñas y medianas empresas mozambiqueñas. Los resultados obtenidos contribuyen al
apoyo teórico y práctico para líderes de pequeñas y medianas empresas mozambiqueñas y
líneas de continuidad en estudios posteriores en este campo y en otras áreas. Conclusiones.
El trabajo concluye que las pequeñas y medianas empresas no implementan la gestión de
proyectos en su administración, por lo que no son competitivas en el mercado nacional e
internacional.
PALABRAS CLAVE gestión de proyectos, pequeñas y medianas empresas, gestión
empresarial.
40
ARTÍCULOS ORIGINALES
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO
Revista Perspectiva Empresarial, Vol. 7, No. 2, julio-diciembre de 2020, 7-23
ISSN 2389-8186, E-ISSN 2389-8194
Project management in small and medium-sized enterprises in
Mozambique
ABSTRACT Small and medium-sized enterprises have a remarkable social and
economic relevance in Mozambique and other parts of the world. Research shows that
many businesses have opened and closed in the last ve years, with the initial phase
of activity and times of political-economic crisis being critical. Objective. To analyze
business management and project management in order to ensure their permanence
in the market. Methodology. The study is exploratory and the method used to select
the sample is mixed (qualitative and quantitative). Observation, interviews, document
analysis, bibliographic research and questionnaires were the techniques used to
collect data. Results. This work reveals a new management model in Mozambican
small and medium-sized enterprises. The results obtained contribute to theoretical
and practical support for leaders of Mozambican small and medium-sized enterprises,
as well as lines of continuity in future studies in this and other elds. Conclusions. The
study concludes that small and medium-sized businesses do not implement project
management in their administration and, as a result, are not competitive in the national
and international markets.
KEY WORDS Project management, small and medium-sized enterprises, business
management.
41
ARTÍCULOS
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO
Revista Perspectiva Empresarial, Vol. 8, No. 2, julio-diciembre de 2021, 38-47
ISSN 2389-8186, E-ISSN 2389-8194
Introdução
A relevância social e económica das pequenas e
médias empresas para Moçambique e para outros
quadrantes do mundo são notáveis. As investigações
realizadas indicam que muitas pequenas e médias
empresas foram abertas nos últimos 5 cincos anos,
mas também o índice da mortalidade das pequenas
e médias empresas no igual período e até aos dias
de hoje têm sido muito elevada, fundamental na fase
do início da actividade e em momentos de crises.
Hoje em dia, o jogo das pequenas e médias
empresas é a sua sobrevivência e fazendo face aos
seus concorrentes no mercado, e para que a tal
sobrevivência acontece elas devem pensar e terem
uma visão de astúcia e modelos contemporâneos.
Onde os modelos contemporâneos possam criar um
clima organizacional favorável para aceitar ideias
inovadoras para seus processos de produção para
que aconteça a produtividade. Barbosa, de Oliveira
e Lobosco (2011) acrescentam que a inovação é
abordada como um impulso relevante e deu uma
nova visão sobre as pequenas e médias empresas
no desenvolvimento socioeconómico das regiões e
passando a serem parceiras das estratégicas para
as grandes empresas.
Além disso, esses autores, salientam que as
estratégias de inovação são importantes para a
transformação do destino das muitas empresas
por criarem oportunidades para concorrerem e
atenderem as exigências no mercado (Barbosa,
de Oliveira e Lobosco, 2011).
Neste meio tempo, a habilidade na inovação é
condicionada por um grupo de factores tais como
força da concorrência e o impulso da mudança nas
tecnologias de comunicação e informação. Para
ser consolidada solicitam das pequenas e médias
empresas habilidades internas organizacionais e as
suas relações com as outras empresas no mercado.
Acrescentando, Machado, Mazzali e Palmisano
(2015), as acções inovadoras são relevantes tanto
para o mundo de concorrência, tanto para o fomento
dos próprios países.
Segundo Decreto 44/2011 de 21 de Setembro do
Ministério de Indústria e Comércio de Moçambique,
considera-se as pequenas e médias empresas
segundo o critério de número de colaboradores e
volume de negócio (tabela 1).
Tabela 1. Resumo de denição de pequenas e médias empresas em Moçambique
Classicação n.º de trabalhadores Volume de negócio (MZN)
Micro-empresa 1-4 <1’200000.00
Pequena empresa 5-49 1’200000.00 14’700000.00
Média empresa 50-100 14’700000.00 29’970000.00
Fonte: elaboração própria por ele autor.
Esteves e Nohara (2011), acrescentam que os

pequenas e médias empresas são importantes para


conceituado pelo volume de vendas e pelo número
de colaboradores.
A nível internacional, as pequenas e médias
empresas desempenham um papel importante
no mosaico económico. Mas observa-se muita
mortalidade delas no mercado nacionais, e possuem

de acesso ao mercado internacional, no âmbito da
globalização (Esteves e Nohara, 2011).
As pequenas e médias empresas desempenham
também um papel extremamente importante na
economia de Moçambique, minimizando a pobreza
da população.
42
ARTÍCULOS ORIGINALES
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO
Revista Perspectiva Empresarial, Vol. 7, No. 2, julio-diciembre de 2020, 7-23
ISSN 2389-8186, E-ISSN 2389-8194
Para Vieira e Martins (2018), na gestão
empresarial as tarefas estratégicas devem se
ajustarem a missão da empresa, conduzidas por
uma política de valores com aptidão de planear,
gerir e alocar da melhor maneira os seus recursos
    

organização, liderança e monitoramento de recursos
organizacionais extremamente importantes para o
sucesso das empresas.
Tello-Gamarra e Vershoore (2015), acrescentam
que para uma empresa crescer ela deve ser
competente ou ter competências. Quando falamos
de competências organizacionais, ela deve ser vista
sob dois pontos vista: uma de estratégia que versa
sobre as habilidades da organização para fazer face

e a outra de gestão de recursos humanos, onde
são indicadas as habilidades de cada colaborador
no fomento de ideias criativas ou inovadoras
para os produtos e serviços da empresa. Onde as
boas políticas e práticas de gestão de recursos
humanos devem ser posto em evidência para atrair
candidatos aptos para as vagas e criarem condições
para fomento de ideias inovadoras e com trabalho
em equipa irão partilhar os seus conhecimentos de
modo a inovarem nos seus processos produtivos de
modo a gerarem novos produtos e serviços para a

Da Silva, de Albuquerque e Freire (2017),
salientam que a gestão de pessoas devem trazer
resultados para a organização. O mais importante
na gestão de pessoas além das vantagens de
indicadores da avaliação, são as ligações entre
       
propósitos organizacionais.
De acordo com Vieira e Martins (2018),
a conceção de estratégia e a sua execução
são elementos chaves para o sucesso de uma
determinada empresas, sendo também um
assunto de extrema relevância para os estudiosos,
investigadores, pesquisadores no mosaico de gestão
e administração das empresas procuram dar as suas
respostas. Na gestão estratégica, as deliberações e
acções de astúcia empresariais em relação ao seu
concorrente são indicadores fundamentais para
uma visão futura.
Na gestão estratégica é fundamental pôr em
evidência os três elementos básicos e os mais
importantes para o futuro da corporação; assim,
são chamados de factores estratégicos: forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças —SWOT—.
A gestão de projectos evoluiu bastante e trouxe
uma visão do ponto de vista estratégico para
garantir a continuidade das organizações. Nos
dias de hoje, a gestão de projectos é praticamente
usada em todos os departamentos das organizações
(Kerzner, 2017).

a gestão de projectos como uma actividade
estruturada com um tempo determinado, com

serviço para a satisfação das partes interessadas.
E a gestão de projecto como sendo uma operação
de estudo e inovação, ela necessita de uma equipa
multifacetada e motivada.
Actualmente, a gestão de projectos é
reconhecida como uma série de processos que pode
ser usada em cada projecto, independentemente
de sua duração ou complexibilidade, do valor do
projecto ou da sua exposição ao risco. Pode-se
sempre argumentar que gerir projectos de execução
de planeamento estratégico não é diferente
gerir qualquer outro tipo de projecto. Machado,
Mazzali e Palmisano (2015), acrescentam que as
organizações aplicam modelos organizacionais que
geram resultados e com menores burocracias para

Os gerentes de projectos precisam
pensar estrategicamente, em vez de tácita ou
operacionalmente, e talvez eles tenham que passar
da liderança tradicional de gestão de projectos
para uma liderança estratégica dependendo da
complexidade do projecto.
O modelo matricial facilita distribuição das
tarefas ao projecto dentro das empresas, onde os
recursos organizacionais serão usados de forma
racional entre mais líderes. Aqui o gerente de


(Machado, Mazzali e Palmisano, 2015).
Rezende e Cordeiro (2016), abordam que o
desenho e gestão de projeto são componentes
43
ARTÍCULOS
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO
Revista Perspectiva Empresarial, Vol. 8, No. 2, julio-diciembre de 2021, 38-47
ISSN 2389-8186, E-ISSN 2389-8194
fundamentais para mecanismo de inovação nas
empresas, de modo a garantirem a sua continuidade
no mercado através de estudo de operações e
inovações nos processos produtivos das empresas.
As características da gestão e desenho de projetos
são elementos fundamentais na inovação de
produtos e serviços das organizações, sendo o mais
importantes: gestão de escopo; gestão de tempo;
gestão de custos; gestão da qualidade; gestão de
recursos humanos; gestão das comunicações;
gestão de riscos; gestão de aquisições e gestão de
integração (Magno, 2018).
Machado, Mazzali e Palmisano (2015),
reforçam de forma resumida que a gestão de
projetos se concretiza nas seguintes etapas:

(produtos e serviços). Onde o escopo contempla
duas etapas: estrutura analítica de projecto e
estrutura organizacional do projecto. Seguindo
coloca-se a malha de tarefas de projectos, segundo
um cronograma de actividades a serem executadas

do projecto com objectivo de garantir se as
tarefas programadas estão a decorrer segundo
       
projectos selecionado é importante tirar as liccoes
apreendidas para acautelar projectos futuros.
O artigo acrescenta um suporte teórico sobre a
gestão empresarial e de projectos para as pequenas
e médias empresas moçambicanas e linhas de
sequência em estudos futuros.
Metodologia
     
África, entre os paralelos 10º27’ e 26º52’ de
latitude Sul e entre os meridianos de 30º12’ e
40º51’ longitude Este. Limitado ao Norte pela
Tanzânia, ao Este pelo Oceano Índico, ao Oeste
por Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Suazilândia
e ao Sul pela República da África do Sul. Toda a
faixa costeira Este é banhada pelo Oceano Índico.
Com 799380 km2. Com uma população cerca de
30’832244 habitantes, com a taxa de crescimento
populacional de 2,5 %, a taxa bruta de natalidade
de 37,6 %, a taxa de mortalidade infantil de 67,4 %,
a taxa de crescimento do PIB de 2,28 %.
Neste artigo, a observação foi possível obter
dados sobre o ponto de situação sobre o ambiente
interno e externo das pequenas e médias empresas.
As entrevistas informais foram realizadas para as
pequenas e médias empresas. Para este trabalho,
foi usado os seguintes documentos livros, artigos
de revistas indexadas publicadas sobre o objecto

como base o arrolamento das teorias variadas
conceituadas na matéria de gestão/administração
de empresas. Os questionários de inquérito, onde
foram aplicados nas pequenas e médias empresas
sobre os seus aspectos socioeconómico, gestão
estratégica empresarial e gestão de projectos.
Para este artigo foi escolhida a amostra
probabilística casual simples, trabalhando com
98 pequenas e médias empresas, onde foram
representadas pelos seus respetivos gestores ou
proprietários.
A colecta de dados foi aplicada nos anos 2020
a 2021, com duas fases distintas. Onde a primeira
etapa foi durante o mês de agosto 2020 com tarefas
de pedidos de autorizações para recolha de dados
nas pequenas e medias empresas e a segunda
etapa em janeiro de 2021 foi a questões de testes
e execuções de técnicas de recolhas de dados.
Resultados e discussão
As pequenas e médias empresas desempenham
um papel importante no mosaico económico,
sendo um importante catalisador do crescimento
e desenvolvimento social e económico em
Moçambique. Por estarem inseridas na sua maioria
em todos os sectores de actividades económicas
e são grandes responsáveis pela contribuição

consequentemente, maior promotora de renda.
A presente pesquisa teve como amostra 98
colaboradores das pequenas e médias empresas,
sendo 96 do sexo masculino e 2 do sexo feminino,
onde predomina uma população do tipo adulta
(36-59 anos).
44
ARTÍCULOS ORIGINALES
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO
Revista Perspectiva Empresarial, Vol. 7, No. 2, julio-diciembre de 2020, 7-23
ISSN 2389-8186, E-ISSN 2389-8194
Figura 1. Pirâmide etária e sexual dos colaboradores das pequenas e médias empresas. Fonte: elaboração própria por ele
autor.
Quanto às qualificações dos 98 colaboradores
das pequenas e médias empresas, temos o seguinte:
17,3 % formaram-se em gestão e comércio; 16,3 %
formaram-se em contabilidade e gestão; 9,2 %
formaram-se em contabilidade e auditoria; 8,2 %
possuem formações nas áreas de direito, ensino
geral e outras formações; 7,1 % formaram-se

possuem formação em bancaria e hoteleira. De
modo geral os gestores possuem habilidades em
gestão, onde temos 17,3 % e 16,3 % (gestão e

8.2% 8.2%
17.3%
8.2%
16.3% 16.3%
9.2% 7.1%
2%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
20%
Ensino Geral
Outras formações
Gestão e comércio
Direito
Gestão
Contabilidade
Contabilidade e Auditoria
Gestão de Recursos
Humanos
Bancária e hotelaria
Área de formação
% da ára de formação
Figura 2. Áreas de formações dos gestores e proprietários das pequenas e médias empresas. Fonte: elaboração própria por ele
autor.
45
ARTÍCULOS
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO
Revista Perspectiva Empresarial, Vol. 8, No. 2, julio-diciembre de 2021, 38-47
ISSN 2389-8186, E-ISSN 2389-8194
No que concerne às acções estratégicas das
pequenas e médias empresas temos as seguintes
realidades: 4,42 % são representadas pelas
acções estratégicas garantir a sobrevivência da
organização; espaço virtual é apontada como
via de comunicação entre empresa e cliente com
ele 4,33 %; as novas tecnologias criam novas
estratégias de negócio com ele 4,30 %; a empresa
investe em treinamento dos seus colaboradores
com ele 3,62 %; o posicionamento estratégico
baseia-se na variedade e inovação de produtos
e serviços com ele 3,60 %; existe estratégia para

ele 3,38 %; existe uma gestão de relacionamento
entre a organização e clientes com ele 3,35 %; existe
uma gestão de relacionamento entre a organização e
clientes com ele 3,26 %; o processo de comunicação

desenha-se projectos para resolução de problemas
com ele 2,26 % (tabela 2).
Tabela 2. Acções estratégicas desenvolvidas pelas pequenas e médias empresas
n.º Mínimo Máximo Média Erro Desvio
Desenha-se projectos para resolução de problemas. 97 1 5 2,26 1,285
Existe estratégia para enfrentar os desaos do mundo empresarial. 97 1 5 3,26 0,992
O posicionamento estratégico basea-se na variedade e inovação
de produtos e serviços. 97 2 5 3,60 0,786
A empresa investe em treinamento dos seus colaboradores. 98 1 5 3,62 0,831
Faz-se uma análise SWOT para a formulação de estratégia. 97 2 5 3,38 0,847
As novas tecnologias criam novas estratégias de negócio. 96 2 5 4,30 0,600
Espaço virtual é apontada como via de comunicação entre empresa
e cliente. 97 3 5 4,33 0,590
As acções estratégicas garantir a sobrevivência da organização. 97 3 5 4,42 0,517
Existe uma gestão de relacionamento entre a organização e clientes. 97 2 5 3,35 0,969
O processo de comunicação organizacional é eciente e ecaz. 96 2 5 3,25 0,871
Fonte: elaboração própria por ele autor.
Nas pequenas e médias empresas, onde
na maioria das vezes são geridas pelos seus
proprietários, as concepções de planos estratégicos,
objectivos e processos de tomadas de decisões são
segundo aos horizontes de próprios proprietários,
       
seguintes obstáculos atendendo e considerando
a sua própria experiência, onde a concepção
e implementação de acções estratégicas são
derivadas a partir da execução de enormes tarefas
e as suas vivência do dia-a-dia e acabando de dar
menor importância a assuntos estratégicos.
Nesta senda, as pequenas e médias empresas
ainda possuem lacunas para traçarem as suas
próprias estratégias de modo a implementarem
e avaliarem os resultados obtidos a partir da
sua implementação. Por outro lado, a quando
da formulação das referidas estratégias, não são
tidas como um processo de racionalidade factuais,
mas sim com as tomadas de decisões segundo as
experiências e horizontes do proprietário. Porém,
o processo de formulação de estratégias, não é
acabado, mas sim continua licções aprendidas e
retidas, para no futuro os proprietários tomarem
conhecimentos e terem informações necessárias e
relevantes sobre as habilidades e os pontos fracos,
as incertezas e as oportunidades existentes no meio
onde as suas organizações estão localizadas, além
dos seus próprios mecanismos de produção.
46
ARTÍCULOS ORIGINALES
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO
Revista Perspectiva Empresarial, Vol. 7, No. 2, julio-diciembre de 2020, 7-23
ISSN 2389-8186, E-ISSN 2389-8194
A avaliação do processo de formação de
estratégias das pequenas e médias empresas, deve
se tomar em conta a realidade das dimensões das

do tipo de liderança, dado a diferente relação
de comunicação no processo de formulação de
estratégias.
As pequenas e médias empresas quanto
às acções estratégicas temos 4,42 % são
representadas pelas acções estratégicas que
garantem a sobrevivência da organização e 2,26 %
que desenham projectos para resolução dos seus
problemas organizacionais, mostrando que maior
parte dos gestores ou proprietários não concebem
nos seus planos de gestão o instrumento de desenho
de projecto como metodologia para encontrar
soluções robustas que podem se ajustar aos novos

Quanto a concepção teórica e prática sobre
a gestão e o desenho do projecto em relação às
áreas de formação dos gestores ou proprietário
das pequenas e médias empresas, temos a seguinte
realidade: os cursos de gestão e bancária e hoteleira
com ele 3,9 %; cursos de contabilidade e gestão de
recursos humanos com ele 3,8 %; curso de gestão e
comércio com ele 3,7 %; cursos de contabilidade e
auditoria e outras formações com ele 3,6 %; ensino
geral com ele 3,4 % e por último o curso de direito

Segundo a realidade descrita acima, se concluiu
que os colaboradores seniores das pequenas e
médias empresas com as áreas de formações
de gestão e bancária e hotelaria possuem mais
conhecimentos sobre gestão e desenho de projectos
com ele 3,9 %; os gestores ou proprietários das
pequenas e médias empresas que não possuem
noções sobre o desenho e gestão de projecto são
os do ensino geral com ele 3,4 % e os do curso de
direito com ele 3,3 %.
3.4
3.7
3.3
3.9
3.8
3.6
3.8
3.9
3.6
3.0
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
3.7
3.8
3.9
4.0
123
Media entre Nível e Noção de Projecto
Nivel Académico
Ensino Geral
Gestão e comércio
Direito
Gestão
Contabilidade
Contabilidade e Auditoria
Gestão de Recursos Humanos
Bancária e hotelaria
Outras formações
Figura 3. Noção de projectos segundo as áreas de formação dos gestores e proprietários das pequenas e médias empresas.
Fonte: elaboração própria por ele autor.
47
ARTÍCULOS
ADALBERTO PAULINO FALSO ARMINDO
Revista Perspectiva Empresarial, Vol. 8, No. 2, julio-diciembre de 2021, 38-47
ISSN 2389-8186, E-ISSN 2389-8194

para a maioria das empresas, visto que, a maioria
dos problemas das pequenas e médias empresas
explica-se pela falta de capacidade da gerência

de negócio. Onde o tipo de liderança é apontada
como um elemento relevante para fomentar
ideias inovadoras, criatividade virada do ponto de
vista para a concepção dos objectivos e em certa
medida centralizada na produção e a entrada em
vigor de uma visão de invenções encorajadoras
para as organizações retê-la e alimentá-la para o
desenvolvimento da organização e para garantir a
sua sobrevivência no mundo do negócio.
Conclusão
Terminado, foi notável que as pequenas e médias
empresas desempenham um papel importante
no mosaico económico, sendo um importante
catalisador do crescimento e desenvolvimento
social e económico de Moçambique. Outro dado
extremamente importante alimenta maior
quantidade de empregos, consequentemente, maior
promotora de renda.
Os colaboradores seniores das pequenas
e médias empresas com as áreas de formações
de gestão e bancária e hotelaria possuem mais
conhecimentos sobre gestão e desenho de projectos
em detrimentos de outras áreas.
Às acções estratégicas das pequenas e médias
empresas visam garantirem a sobrevivência das
organizações.

a partir da abordagem mista (quantitativa e
qualitativa) na medida que as pequenas e médias
empresas quanto às acções estratégicas na gestão
não desenham projectos para resoluções robustas
       
mercado.
Referências
Barbosa, M., de Oliveira, E. e Lobosco, A. (2011).
Competências para inovar em pequenas e
médias empresas tecnológicas. RAI: Revista
de Administração e Inovação, 8(4), 206-212.
Da Silva, L.M., de Albuquerque, L.G e Freire, C.A.
(2017). Capacidades organizacionais: um
estudo na hotelaria do nordeste brasileiro.
REGE–Revista de Gestão, 24, 170-180.
Esteves, G. e Nohara, J.J. (2011). Fatores críticos
à estabilidade das alianças estratégicas das
micros e pequenas empresas. RAI: Revista de
Administração e Inovação, 8(3), 182-204.
Kerzner, H. (2017). Gestão de projectos, as melhores
praticas. Porto Alegre, Brasil: Bookman.
Machado, C., Mazzali, L. e Palmisano, A. (2015).
Gestão de projetos de inovação: O caso de uma
empresa líder do setor de eletrodomésticos.
RAI: Revista de Administração e Inovação, 12(3),
288-309.
Magno, C. (2018). As Balas de Prata no Gerenciamento
de Projectos. Um Estudo em Projectos no Brasil.
Lisboa, Portugal: Novas Edições Acadêmicas.
Rezende, R. e Cordeiro, H. (2016). Estratégia, pessoas

desempenho do escritório de gerenciamento de
projectos: uma análise por meio da modelagem
de equações estruturais. Gestão & Produção,
25(2), 410-429.
Tello-Gamarra, L. e Verschoore, J.R. (2015). O
desenvolvimento das competências coletivas
no terceiro setor. Suma de Negocios, 6, 194-203.
Vieira, P. e Martins, N.V. (2018). Fatores de impacto
para sobrevivência de micro e pequenas
(MPEs). Revista Livre de Sustentabilidade e
Empreendedorismo, 3(5), 54-77.